A ponta do iceberg: a reconstituição 3D do capitel de Tróia, Grândola, Portugal

English Version

 

A reconstituição tridimensional do capitel de Tróia é uma hipótese proposta para a aparência que poderia ter tido o capitel romano compósito reutilizado num degrau de uma casa romana muito próxima da Basílica paleocristã nas ruínas de Tróia, concelho de Grândola, em Portugal.

O capitel, possivelmente fragmentado, foi aproveitado como material de construção num degrau de uma casa romana em determinada altura durante a Antiguidade Tardia, em meados do século IV. Quem aí o colocou deixou visível, no entanto, parte da ornamentação da sua face anterior e formato do seu leito superior. Uma sorte para a História da Arte, História e Arqueologia. Tendo o estudo dos capitéis um grande interesse, não só do ponto de vista escultórico, mas também arquitectónico e devido à impossibilidade física de ver o capitel na sua totalidade, optou-se por fazer um estudo tipológico, métrico e comparativo que nos pudesse dar virtualmente uma imagem o mais rigorosa possível do capitel.

Esta é, pois, a face que pensamos que este capitel poderia ter tido antes de perder a sua primeira utilidade, ou seja, durante a primeira metade do século III, de acordo com o nosso estudo. A partir daqui passou a fazer parte de um degrau onde se encontra há 1 700 anos.

A reconstituição foi feita por Sérgio Dias e o estudo apresentado por Filomena Limão.

Mais informação em:

LIMÃO, Filomena (2019). O capitel de Tróia (Portugal). Da reutilização Antiguidade Tardia à reconstituição no século XXI. Horizontes artísticos da Lusitânia. Dinâmicas da Antiguidade Clássica e Tardia em Portugal. Séculos I a VIII. Amadora, Canto Redondo, p. 264-291.